quarta-feira, 15 de julho de 2009

O ciúme

"Com o tempo aprendi que o ciúme é um sentimento para proclamar de peito aberto, no instante mesmo de sua origem. Porque ao nascer, ele é realmente um sentimento cortês, deve ser algo oferecido à mulher como uma rosa. Se não, no instante seguinte ele se fecha em repolho, e dentro dele todo o mal fermenta. O ciúme é então a espécie mais introvertida das invejas, e mordendo-se todo, põe nos outros a culpa de sua feiura. Sabendo-se desprezível apresenta-se com nomes supostos..."

BUARQUE, Chico. Leite Derramado.
(adorei essa descrição.... hehe)


"De acordo com a psicóloga Ayala Pines, ciúme é "a reação complexa a uma ameaça perceptível a uma relação valiosa ou à sua qualidade." Provoca o temor da perda e envolve sempre três ou mais pessoas, a pessoa que sente ciúmes - sujeito ativo do ciúme -, a pessoa de quem se sente ciúmes - sujeito passivo do ciúme - e a terceira ou terceiras pessoas que são o motivo dos ciúmes - pivô do ciúme.

Segundo a psicóloga Mariagrazia Marini, esse sentimento apresenta caráter instintivo e natural, sendo também marcado pelo medo, real ou irreal, de se perder o amor da pessoa amada. O ciúme está relacionado com a falta de confiança no outro e/ou em si próprio e, quando é exagerado, pode tornar-se patológico e transformar-se em uma obsessão.

A explicação psicológica do ciúme pode ser uma persistência de mecanismos psicológicos infantis, como o apego aos pais que aparece por volta do primeiro ano de vida ou como consequência do Complexo de Édipo não resolvido; entre os quatro e seis anos de idade, a criança se identifica com o progenitor do mesmo sexo e simultaneamente tem ciúmes dele pela atracção que ele exerce sobre o outro membro do casal; já na idade adulta, essas frustrações podem reaparecer sob a forma de uma possessividade em relação ao parceiro, ou mesmo uma paranóia.

Nesse tipo de paranóia, a pessoa está convencida, sem motivo justo ou evidente, da infidelidade do parceiro e passa a procurar “evidências” da traição. Nas formas mais exacerbadas, o ciumento passa a exigir do outro coisas que limitam a liberdade deste.

Algumas teorias consideram que os casos mais graves podem ser curados através da psicoterapia que passa por um reforço da auto-estima e da valorização da auto-imagem. Porém várias teorias criticam a visão psicanalítica tradicional (exemplo:esquizoanálise).

Outros casos mais leves podem ser tratados através da ajuda do parceiro, estabelecendo-se um diálogo franco e aberto de encontro, com a reflexão sobre o que sentem um pelo outro e sobre tudo o que possa levar a uma melhoria da relação, para que esse aspecto não se torne limitador e perturbador."

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%BAme

sábado, 11 de julho de 2009

Sonho Colorido de um Pintor - Tom Zé

"Sonhei que pintei minhas noites de amarelo
lindas estrelas no meu céu eu coloquei
o feio que era feio ficou belo
até o vento do meu mundo, perfumei.
Numa apoteose de poesia
num conjunto de harmonia
uma lua roxa para iluminar
as águas cor-de-rosa do meu mar.

Meu sol eu pintei de verde
que serve pra enxugar lágrimas
se um dia precisar.
A dor e a tristeza
fiz virar felicidade
aproveitei a tinta
que pintei sinceridade.

Pintei de azul o presente
de branco pintei o futuro
o meu mundo só tem primavera
o amor eu pintei cinza escuro.

Pra lá eu levei a bondade
dourada é sua cor
aboli a falsidade
o meu povo é incolor.

Na entrada do meu mundo
tem um letreiro de luz
meu mundo não é uma esfera
tem o formato de cruz."

Poema do Dia

Uma Arte

"A arte de perder não tarda aprender;
tantas coisas parecem feitas com o molde
da perda que o perdê-las não traz desastre.

Perca algo a cada dia. Aceita o susto
de perder chaves, e a hora passada embalde.
A arte de perder não tarda aprender.

Pratica perder mais rápido mil coisas mais:
lugares, nomes, onde pensaste de férias
ir. Nenhuma perda trará desastre.

Perdi o relógio de minha mãe. A última,
ou a penúltima, de minhas casas queridas
foi-se. Não tarda aprender, a arte de perder.

Perdi duas cidades, eram deliciosas. E,
pior, alguns reinos que tive, dois rios, um
continente. Sinto sua falta, nenhum desastre.

- Mesmo perder-te a ti (a voz que ria, um ente
amado), mentir não posso. É evidente:
a arte de perder muito não tarda aprender,
embora a perda - escreva tudo! - lembre desastre."

- Elizabeth Bishop (Tradução de Horácio Costa)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Ahh... A Natureza!!


Nossa... surreal essa espécie "perereca-de-vidro"! Pena que é considerada em vias de extinção.
Essa natureza faz cada coisa... fantástica!

domingo, 5 de julho de 2009

Tempo

não deixe o tempo passar em vão.

sábado, 4 de julho de 2009

ANGÚSTIA

Quantas vezes tento encontrar
uma resposta certa,
um caminho correto
de me relacionar.

Pessoas vem. pessoas vão.
Se me apego, me angustio.
Se não, repudio.
Sempre confusa na solidão.

Sentimento é perigoso,
coisa lá de baixo.
causa desgosto,
causa desgraça.

Há quem acredite no amor-perfeito.
Tentam até mesmo buscá-lo.
Eu apenas observo,
calada.

- Feita em Dezembro/2008

sexta-feira, 3 de julho de 2009

é...

"Respostas sem problema: Vestibular.
Problemas sem resposta: Universidade."

Não sei de quem é a frase... mas um professor citou há um tempo e eu gostei.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Artista chinesa recria obras famosas com legumes!

'A Liberdade Guiando o Povo', de Eugène Delacroix, tornou-se 'A Liberdade Guiando os Legumes' na recriação bem humorada da chinesa Ju Duoqi. (Fotos: Ju Duoqi)

O quadro 'A Lição de Anatomia do Dr. Tulp', de Rembrandt, virou uma aula do 'Dr. Repolho em Conserva'. (Esse tá maravilhoso! Vejo esse quadro toda segunda no anatômico do ccs)

'O Beijo', de Gustav Klimt, também recebeu o toque de Ju Duoqi, que usa legumes e verduras frescos e cozidos.

Andy Warhol, famoso por pintar uma lata de sopa, talvez nunca tenha imaginado ver sua Marilyn Monroe com cabelos de repolho.

'O Nascimento de Vênus', de Botticelli, foi uma das obras escolhidas pela artista em sua homenagem às mulheres que gostam do lar - (Demais!!)

Quem quiser ver algumas outras aqui está o site: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/05/090527_galeria_vegetaisg.shtml

Bj!

Cecília 8 (Poema do Dia)

Canção

"Quero um dia para chorar.
Mas a vida vai tão depressa!
~ e é preciso deixar contida
a tristeza, para que a vida,
que acaba quando mal começa,
tenha tempo de se acabar.

Não quero amor, não quero amar.
Não quero nenhuma promessa
nem mesmo para ser cumprida.
Não quero a esperança partida,
nem nada de quanto regressa.
Quero um dia para chorar.

Quero um dia para chorar.
Dia de desprender-me dessa
aventura mal-entendida
sobre os espelhos sem saída
em que jaz minha face impressa.
Chorar sem protesto. Chorar."


Linda! Uma das favoritas fechando com chave de ouro a semana da Cecília, que foi um pouco prolongada... hehe.